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3 de outubro de 2007

Sufoco...Dor



Dor camuflada. É a dor de saudade, de amor, ódio, silêncio, medo... A dor do medo de perder a noção da realidade. Sufocada, angustiada e perfeita... Dor...apenas essa dor...

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"Um dia vestido
De saudade viva
Faz ressuscitar
Casas mal vividas
Camas repartidas
Faz se revelar

Quando a gente tenta
De toda maneira
Dele se guardar
Sentimento ilhado
Morto, amordaçado
Volta a incomodar"

3 de setembro de 2007

Meu mundo tão imperfeito


Meu maior medo não é perder qualquer coisa que viva fora da minha realidade, mas perder o meu mais íntimo e verdadeiro sentimento de orgulho em ser eu mesma. Perder os sentidos, deixar de ser aquilo que me contempla para ser apenas mais uma, sem mistérios e sem lembranças.

Parar e pensar no infinito é de cansar os olhos da minha sanidade, porque o presente já deixou sua graça. Mas vou parar, até de olhar para frente, isso tudo não adiantará, não trará a solução dos problemas. Eu fico aqui, prendo os cintos porque a viagem será longa, porém lenta como todos os passos que dei para chegar até aqui. Já não me importa o que vai acontecer daqui para frente, as novidades já eram esperadas e nem posso mais negar a ausência de um ser forte, verdadeiro dentro de mim. O que ainda posso fazer ao me deparar todos os dias com minha própria imagem, senão fingir? Até porque não mais problemas em mentir, esta é a solução que me acerca.

E para falar em verdades, todas as vezes que meus olhos se aprofundam em seus olhares sinto uma enorme tristeza em ver que sonhos não foram realizados, sonhos foram iludidos, adiados e até mesmo esquecidos. Mais ainda, minhas lágrimas não são por você, são dedicadas aos meus abandonos diários, a pessoa que deixei de ser, àqueles que deixei de ter, aos momentos que não vivi, enfim, nunca serão por você. Porque você não me faz sofrer, eu que não me deixo viver.

Então, já não posso deixar de pensar no infinito. Momento após momento eu escondo a pessoa que sinto que sou, mas que já nem sei quem é, se sou. De sempre em diante o que faço e fingir, por onde ir vou fingir.

Agora, enxugar a mentira, esconder o que passou.


Fingir...

Por onde ir. Até chegar. Quando acabar. Simplesmente, ir...




DBA(03/09/07)


1 de agosto de 2007

Tarde demais para tentar fingir que não

Acho que estou num estágio de tolerância demasiada [estressada] com certas coisas e impulsivamente exagerada demais com outras [insegura]. É uma questão pessoal [eu x eu] que ninguém pode mudar ninguém pode ajudar. Realmente estranha essa sensação de estar tropeçando no próprio passo constantemente. Não consigo enxergar exatamente a distância entre o céu e a discórdia, mas tenho certeza que estão bem próximos [mentiras e verdades]. Todas as coisas acontecem de forma que eu já esperava, mesmo que eu diga que determinadas situações não me fazem crer que é real, eu já vi tudo isso antes e faço cara de espanto. Covardia! Farsas! [conformismo unilateral].

A verdade é que ninguém quer saber quanto dura a eternidade porque no fundo temos medo dela ser realmente para sempre, mas não me decepcionarei se ela durar alguns segundos, assim meus pés serão menos calejados [devido aos tropeços]. Bom, existe uma outra verdade que não posso negar. Às vezes eu me sinto assustada sim, nem tudo é um livro aberto, as coisas às vezes são caixas bem fechadas, bem altas e imperceptíveis de estranhezas. Mas e aí? Qualquer punhado de palavras ao avesso seria necessário para me revoltar e nem sempre é bom saber da pureza das histórias. Deixe o conto infantil ser fantasiado em um calhamaço de coisas indecentes, no fundo ninguém vai ver. E depois eu nem vou lembrar [mentira].

Mas...

//Muito prazer, o meu nome é otário//

24 de janeiro de 2007

Anjo doentio





Um certo anjo estendeu suas asas de pluma ao eu lado, retirou toda sua inocência para viver uma grande dor. Deixou sua leveza para habituar-se à má consciência.
Hoje peço a proteção que você jamais me deu, pois morro de uma doença sem cura, sem nome. Não consigo mais esconder através do físico o meu emocional. As palavras já não condizem com a verdade minha face não oculta o medo, o sofrimento que persiste e insiste.


Anjo da asa quebrada, da áurea impura, anjo do mar das trevas, eu preciso de você como nunca precisei. Quando te quis e você me quis, não nos valorizamos. Deixamos nossa felicidade fluir para o encontra da água sangrenta. Te fiz feliz, chorei o teu riso, andei à tua rotina severa de viver. Te acompanhei pelos diversos mundos, te protegi das amargas palavras.


Oh anjo!


Oh Treva!


Sua tragédia, minha pior alegria; sua dor, meu melhor riso; sua falta, minha perda. Imagina como me sinto após um longo período de partilhas, oh cancerígeno anjo? O nosso orgulho invadiu nossa mente, assim como o egoísmo das noites onde havia a claridade da qual ofuscava meus olhos e brilharam minhas lágrimas. Nossa gentileza se estendeu a um tempo infinito, instável.mas é tão fácil encarar a realidade quando ela está maquiada pelo nosso egocentrismo. Em "meia dúzia de palavras" nós acabamos tendo um final feliz. Para você que possui as mais belas asas, é fácil e compreensível, indolor, terno. Contudo, ainda sou um simples ser exausta da cordialidade, permaneço estática mesmo com o mundo rodando sem parar ao meu redor.


E isso tudo é a metáfora realista da vida, minha...









DBA (30/08/2004)