Posts mais novos

3 de janeiro de 2009

Descarecterizada


Sem medo, sem detalhes, especulações sobre o que não tem fim. É um instinto sagaz de possuir o infinito em minhas mãos e mudar o imperfeito para algo novo, simples e exagerado de verdades. A verdade exagera é sadia e não peca por dizer de menos, não erra em esconder demais, nem teme quando tem que mostrar a verdadeira sombra que se enconde por trás de cada passado.
Mas ainda é preferível e mais tranqüilizante a palavra escarrada de realidade do que aquela esculpida detalhadamente de fúteis mentiras, é divino o choro da verdade e vergonhoso o olhar que escondes de mim.
Vergonhoso o medo de errar acertando, pois erra a cada vez que não trás contigo aquilo que poderia nos fortalecer. Somos agora amantes sem cúmplices, sem vergonha, somos dois e não somos nenhum. Sou se quer uma a uma, sou nada em números e gêneros, sou apenas aquela que se doou ao duvidoso, se entregou a um sentimento de conto de fadas, ilusão de menina, pequena criança, que ainda floresce em minha memória. Me entreguei, quis me unir a um outro sentimento que por vez é incapaz de se somar, de se juntar como um elo inseparável e interminável; somente é aquilo que o momento lhe proporciona, só atrai aquilo que lhe convém ao seu bem.

Submeto-me ao seu desamor, perto de você, sentindo tudo isso sinto que minhas mãos estão atadas e como se eu não pudesse fazer absolutamente mais nada a não ser me entregar e deixar-me levar por toda sua ilusão.