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3 de outubro de 2010

Melhor é estar pior

Como estou?
Até que bem perante minhas mentiras mal contadas e tão bem vividas. Mas depois de algumas três ou quatro taças de vinho com gosto de derrota, tudo fica mais claro (mais algumas palavras simuladas).
Ando meio ausente não do espaço, mas da minha companhia. Não entendo como é estar abandonada por mim mesma, mas estou. Pensar no meu pensar já é pensar em nada. Entre tantas as derrotas vitórias, há minha maior vitória: ser forte o suficiente a ponto de enganar quem amo! Será isso bom? Devo não estar caminhando da forma mais correta, antes caminhar errado e lentamente a parar...
Por fim, estou em um dos meus melhores piores!

(D.B.A)

Perdição

Então, ainda que tardiamente, ela voltou com aquela expressão de culpa e ingratidão. Em longos e suaves passos vinha em minha direção, contornando o chão, desviando dos sonhos, pisando na realidade. Ali nascia o seu novo semblante. Seu escrúpulo se fez de alma. Alma por não saber explicá-la, por não poder vê-la, por estar além de nosso poder imaginário. Aos poucos seu caminho se transformou num quieto e sólido vão de abstração aos nossos olhos.

A medida que sentia seus movimentos, eu recuava cada vez mais. Sobretudo entre o mais firme chão havia um abismo. Eu recuava. O perto estava partindo para o infinito. Eu recuava. Não me importava com o que viria, eu apenas recuava.

Quando acordei ela ainda estava presente. Eu via um caminho tão confuso, e ela dizia que perdoaria minhas tristezas, minhas palavras incompreendidas, meu comportamento temperamental e ainda disse que era para ficar com Deus!

Oh Deus! Tempestuoso e silencioso Deus! Tire-a daqui, da minha vida, do meu caminho. Traça novas rotas para o meu infinito. Meu medo ultrapassa meu entendimento como humana, dedilho palavras desconexas para expressar o que não encontro. Mas como me perco, como não encontro o ponto de ser nesse vazio que sinto, agora, quando ela está comigo.
Meu corpo, por sua vez, despencou de uma altura imensurável...
Ele jamais tocara o chão...



(D.B.A)

Leve Desespero

Como é ruim perceber que estamos falecendo aos nossos próprios sentimentos. Perceber que o que era magia hoje se transformou em uma ilusão que só nos mostra a dura realidade.
Por um momento meu coração parou de bater com tanta força, com meu corpo quente eu sentia a fria e dolorosa lágrima em meu rosto. Aquilo tomou conta de mim de tal forma que minha reação foi continuar parada, sem me mover, mesmo depois de já ter ido embora. Espero muita coisa na vida, da vida, mas não esperava que tal fato ocorresse tão rapidamente.

Olho para trás e ainda vejo marcas dos meus passos, vejo que minha sombra ainda habita o mesmo chão...mas eu já estou longe! Eu me entreguei sem sentidos, sem receios para agora esconder minha face, de tanto medo. Quando estava conseguindo me encontrar dentro do meu castelo, ouvi escombros caindo sob minha fantasia. Mas agora eu não sei para onde ir...
E volto a me perguntar: “até que ponto devemos nos entregar a uma amizade?”.

(D.B.A)

Incógnitas

...não sei se deixo minhas pegadas por onde passo, ou se deixo meu rastro pegajoso pelos cantos...
...não sei se saio correndo pelo mundo ou se sinto minha dor me machucando lentamente...
...não sei se fico e choro ou se vejo meu corpo se exaustando pelo cansaço dos olhos...
...não sei se falo o que tenho a dizer ou se calo e berro com silêncio que destrói mil palavras...
...não sei se tento entender o que se passa ou se deixo passar tudo o que eu não entendo...
...não sei se paro o tempo que não para ou se fecho os olhos e finjo parar no tempo...
...não sei se procuro por explicações mais lógicas ou se continuo nesse meu mundo de inexatidão...
...não sei se quero ouvir as coisas que me dizem ou se quero tampar os ouvidos para mim mesma...
...não sei se me permito sonhar ou se fico no meu mundo de ilusões...
...não sei se consigo seguir adiante ou se consigo continuar parada, lembrando de coisas que jamais voltarão...
...não sei se reconhece meus erros, minhas incompetências ou se caio de vez no meu orgulho...
...não sei se olho e vejo as coisas como boas ou se esqueço que existem coisas boas...
...não se vivo ou se morro com a dor do mundo...


(DBA)

Quem?

Quem sou eu?
Como saberei?
Sei o que fui
Nunca mais serei.
Talvez eu seja gestos, palavras
Ou choros e sonhos
Seria a essência
De um dia risonho
Serei o que passei, o que temi
Serei os problemas e as contradições
Julgo ser mais, mais que um coração
Não sou temores nem amores
Não sou perdas nem mesmo vitórias
Sou eu mesma incompleta, mutável
E diferente daquela de um segundo atrás.

(DBA)

Silenciosamente falando

Existem dias que falar qualquer coisa é suficiente para estabelecer um vazio inigualável. Mas que ao mesmo tempo há alguém que nos faz, por um momento, esquecer disso e viver a realidade e uma outra maneira. Então concluo que a Máscara ainda existe, porém de uma outra forma. Agora quem sabe ela estaja se suavizando e não contradizendo, se acentuando ao meu estado.
E para dias, como este, falar sozinha é a melhor solução. O que calava hoje fala mais alto e o que persiste em falar, calar-se eternamente, nesse momento. Posso ouvir uma voz sublime, que sobe à minha cabeça, sem me preocupar com outras versões "mal-ditas" - nada melhor que a voz do nosso avassalador silêncio para conduzir ao caminho sem destino.

(D.B.A)

A ausência tão presente

Há quanto tempo não compatilho meus anseios aqui neste naúfrago de palavras. Por uma lado senti muito a falta, porém teve um lado bom: me desprendi um pouco deste mundo. Agradeço a preocupação de muitos, aliás eu estou bem esse tempo foi apenas um acúmulo de problemas que

"Há um tempo para amar, um tempo para sofrer, um tempo para esquecer". (Júlio Dantas)

A vida é um ciclo. Todos nós temos altos e baixos, em todos os aspectos da vida. O importante é ter consciência disso, quando estivermos passando pelos momentos mais difíceis; e saber que, por pior que seja, chegará o dia em que a dor será curada e que o sofrimento que agora nos parece doloroso demais não passará de uma lembrança triste.

(D.B.A)
 (Minhas incógnitas estão se aprofundando da existência do meu ser)

 
(D.B.A)

Liberdade Perpétua

Para que tantos planos? Lembro-me das vezes em que queria ficar livre das pessoas, de um certo modo, livre dos sonhos e das dependências diárias. Hoje, coberta de liberdade, me sinto sufocada e ando murmurando gritos pelos cantos abertos.

Hoje são apenas papéis jogados pela mesa, canetas sem tinta... Essas mãos que agora escrevem com sofreguidão, já não as mesmas. O que ainda é o mesmo? Tudo muda, tudo passa e mesmo assim a história se repete.  O riso de criança, hoje é um falsete na verdade da vida; os sonhos são ilusões escaldantes de nada; o medo é o trauma do sempre acontecer e a vida é a lástima ambígua de morrer.

A tragédia que trago comigo é o que acontece noutro tempo e agora: crescer, amadurecer, entender cada vez menos o mínimo. Não posso mais viver nessa liberdade que me aprisiona à tantas confusões e medos. Quero ver o mundo, a vida, nú! Sem espelhos, sem devaneios, sem alma e sem caráter.

(D.B.A)
Um dia nós cansamos, cansamos de inúmeras coisas...
Hoje eu cansei de mim mesma.
Simplesmente exausta pela falsidade de viver....

(D.B.A)

Blank

  Sim, ainda sou eu! No momento sou abraçada pelo frio, mente tranqüila e olhos fechados. Tão fechados que posso tocar meus sentidos sem precisar tocar meu interior.

Sou uma jovem eloqüente pela tentativa da escrita do seu ítimo - do meu íntimo. Acima de eu ser quem não sou comigo mesa, sou meu próprio inimigo, me provoco, chacoteio...Não quero fazer nada, nada agora, pois meu agora nada é!

 (Escrevo...Escrevo... APAGO! Lembro.... ESQUEÇO).

         Por que não consigo escrever com as mãos abertas, livres? Por que estou aqui tentando saber do vazio? Mas o que me adianta saber, sempre estarei com este congelante frio, meio fria e pouco quente.

         Hoje já lembrei de muitos sorrisos saudosos, dos poucos que tive com a honestidade que pouco conheci. Saudoso até o tempo que não tive, aquele que não vivi; sem explicação para essas contrariedades!

Continuar, começar

Sabe o que é o melhor da vida? É não ter nada de melhor. É viver tudo com a mesma intensidade, é olhar para frente e ver além do amanhã, é pensar que não tem nada quando na verdade se tem o necessário para ser uma pessoa especial para si mesmo.
         Procuro não encontrar coerência para o que digo, muitas vezes não há razão para isso. Pois se nem sei ao certo no que penso como pensar o por quê do pensar? Pouco confuso, mas extraordinário saber que a falta de sentindo nos faz entender melhor a vida, só assim pensaremos de uma forma diferente da cotidiana.
         E quando digo dos meus sentimentos, que até agora considerados na visão como tristes e angustiantes, eu me calo e não escrevo por mim, escrevo por um ser insensato e ingênuo – Eu! E é digo que falo é sobre isso que tento dizer com a liberdade da alma e do meu ser psicofísico.
         Este ser, psicofísico, ou seja, um ser manipulado, é o que sou e o que tento não ser para o mundo. Controlada pela mente humana, assim como todos nós mortais, encarando a vida com seus dias de chuva. Quando vivo a minha realidade idealizada, vivo também por um ser idealizado. Somos o que queremos ser, o que nossa mente quer que sejamos ser no momento e é o que seremos.
         Agora, a minha alma é o que escondo dentro do meu psicofísico, intocável e latente. Difícil explicar de algo tão dissimulado, delicado. A alma que “liberto” é a liberdade que muitos procuram e não sabem. Minha alma me constrói em pequenos detalhes e esta mesma alma me prende e sufoca num mundo só meu, mundo que por vezes está otimista e noutras literalmente pessimista e angustiada. Quando entro nesta sala fria, sento nesta cadeira que me abraça, me sinto em paz comigo mesma. Sim, choro, fico deprimida e esqueço mentalmente de mim. Formo uma bolha, mera bolha que só com o pensar estoura, e apago o outro ser, vivo meu ser. Não penso, não sinto, apenas vou vivendo este momento, essa liberdade, onde posso desabafar com a melhor amiga – minha outra face.
         E não posso de forma alguma esquecer desses momentos, porque sinceramente nesses angustiantes instante de dor e espasmos sou literalmente feliz, pelo significado encadeado da palavra.

DBA

Superficial

"E se eu descobrir o que me leva à alma humana, eu ficaria,
Se eu descobrisse como o sol toca a brisa, eu seria lua pela luz dos meus olhos,
E se percebe que o vazio preenche o mudo, o surdo e o mundo, eu pararia e sentaria à minha frente,
Por que eu não minto, não, não, sentimentos através de frases desconexas são verdadeiros,
E quando eu me tocar e não pensar, dei-me o seu amor.


Sinta, tão longe, eu não vou a lugar algum,
Se alguém ouvir, eu não me jogo e não chorarei.
Para todo caso, peça para alguém segurar minhas mãos,
E que parem a música, o relógio que não avisto.

Eu não tenho nada a perder se ninguém souber

Por certo chorarei,
(Quando você falar “desculpa”)

Mais uma vez. "


(D.B.A)

O início do Hoje

Está tudo bem. Tudo bem quando não há perdão que encubra a minha incógnita de viver.
No outono frondescente, eu tento não voltar por este caminho confuso que não tem volta.
Eu preciso de um pouco de simplicidade, seja nos pensamentos e nos sentimentos. Mas se ao ser simples, esquecendo da minha confusão, por vezes utópica, serei o que? Terei apenas mais um quê de qualquer coisa, porém, coisa alguma é mais confortável que minhas ilusões.


Como em tantos outros dias, fico na expectativa de ouvir o toque do telefone, espero o amor, a amizade me ligar. E o que tenho é só o eco da profundidade do meu ser, que nada diz.
Se no silêncio estou, sozinha, mais silêncio terei.

(DBA)

Palavras tristes? Não!

Triste é a história continuar. Triste é adormecer tranqüilamente sem saber que lá fora cai uma tempestade, que aos poucos entra em meu quarto, me inunda, me sufoca, afoga e mata!
Por alguns longos instantes, dias, eu esqueci do ser que habita em meu fraco corpo. E hoje, quando voltei a lembrar de mim re-lembrei também quão avassalador é esta agonia, essa sensação insólita do vazio. Voltou, então, que eu queria apenas chorar (mesmo sabendo que isso não vai me levar para lugar algum), mas toda essa falta de sentido acaba com meu fôlego.


Senti saudade de ficar melancólica - saudavelmente melancólica. De descer até os confins de mim e dizer "oi!" para meus sentimentos. Mas de que valem, mesmo, os sentimentos? Porque conversar com eles é sempre fazer poesia. E, nessa sala fria, cercada de textos frios e com a fria letra da lei a determinar os meus gestos, aonde entra ela?

(D.B.A)

Eu e você

Eu, eu não sou você e você não sou eu! Eu sou eu e você não é você!


Você é tudo o que eu não sou e eu sou apenas o que sou.


Mas afinal...
O que sou?
O que és?

Eu sou quem pede atenção
Você é quem dá atenção!

Você é a egoísta
Eu sou a solitária

Eu sou a amiga
Você é quem conserva os amigos

Você é lágrima
Eu sou a chuva

Eu sou o medo
Você é a circunstância

Você é a dor
Eu sou a faca

Eu sou a morte
Você o sangue


Você é o abismo
Eu sou o suícidio

Eu sou o silêncio
Você é quem cala


Você é o ruído
Eu sou o grito


Eu sou a mascarada
Você é a maquiada


Você é o sonho
Eu sou o sonho profundo


Eu sou a perdida
Você é a desorientada

Você é o céu
Eu sou a nuvem cinzenta


Eu sou a sombra
Você é o amanhecer


Você é a tristeza
Eu sou a depressão


Eu sou a ausência
Você é a falta


Eu sou já quem não sei quem sou
Você, quem é?


Você é o vazio
Eu sou o que já fui, e agora sou nada!


(DBA)

O ponto certo

Ninguém sabe o ponto certo de se doar e quanto vale a pena.É verdade...
Às vezes, não vale.
A gente se dá sem querer nada em troca.
Por quanto tempo conseguimos encher copos de água para o outro enquanto
morremos de sede?
Não será essa atitude uma maneira de simplesmente alimentar o egoísmo do
outro?
É cômodo apenas receber...

Sentido de Falar

Hoje eu não vou falar do que eu sinto
Nem vou falar sobre o que eu tenho
Recuso a dizer do meu passado,
das coisas que me fazem sofrer,
dos meus amigos, do meu amor
e até mesmo de mim mesma.
Não falarei de palavras e nem
palavras tenho para tal momento.
Hoje não vou falar que está tudo bem
nem que estou com saudade
Recuso a dizer do meu futuro incerto,
das coisas erradas que faço,
das pessoas que não conheço
e até mesmo do meu eu desconhecido.
Não falarei das minhas maneiras
e nem há maneiras de dizê-las.
Hoje não vou falar do que me incomoda
Nem vou falar das melhores coisas da vida
Recuso a dizer da sombra que persegue a alma,
das lágrimas, do céu e do mar
...
Não vou falar de nada
Não há nada a ser dito
Palavras não existem para alimentar o ego.
Tudo que me faz chorar
nem sei ao certo o que é.
(DBA)
Um certo anjo estendeu suas asas de pluma ao eu lado, retirou toda sua inocência para viver uma grande dor. 
Deixou sua leveza para habituar-se à má consciência.
Hoje peço a proteção que você jamais me deu, pois morro de uma doença sem cura, sem nome. Não consigo mais esconder através do físico o meu emocional. As palavras já não condizem com a verdade minha face não oculta o medo, o sofrimento que persiste e insiste.
Anjo da asa quebrada, da áurea impura, anjo do mar das trevas, eu preciso de você como nunca precisei. Quando te quis e você me quis, não nos valorizamos. Deixamos nossa felicidade fluir para o encontra da água sangrenta. Te fiz feliz, chorei o teu riso, andei à tua rotina severa de viver. Te acompanhei pelos diversos mundos, te protegi das amargas palavras.
Oh anjo!
Oh Treva!
Sua tragédia, minha pior alegria; sua dor, meu melhor riso; sua falta, minha perda. Imagina como me sinto após um longo período de partilhas, oh cancerígeno anjo? O nosso orgulho invadiu nossa mente, assim como o egoísmo das noites onde havia a claridade da qual ofuscava meus olhos e brilharam minhas lágrimas. Nossa gentileza se estendeu a um tempo infinito, instável.mas é tão fácil encarar a realidade quando ela está maquiada pelo nosso egocentrismo. Em "meia dúzia de palavras" nós acabamos tendo um final feliz. Para você que possui as mais belas asas, é fácil e compreensível, indolor, terno. Contudo, ainda sou um simples ser exausta da cordialidade, permaneço estática mesmo com o mundo rodando sem parar ao meu redor.
E isso tudo é a metáfora realista da vida, minha...
(DBA)

24 de setembro de 2010

Te olho nos olhos



Poema: Te Olho Nos Olhos Ana Carolina

 
Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.

Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.

Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.

A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.

Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."

24 de maio de 2010

Vamos celebrar!

Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro

Eu gosto de andar pela rua
bater papo, de lua e de amigo engraçado
Eu gosto do estilo do Zorro
o visual lá do morro e de abraço apertado
Eu gosto mais de bicho com asa
mais de ficar em casa e mais de tênis usado
Eu gosto do volume, do perfume
do ciúme, do desvelo e do cabelo enrolado
Eu gosto de artistas diversos
de crianças de berço e do som do atchim
Eu gosto de trem fora do trilho
de andar com meu filho e da cor do marfim
Tem gente, muita gente que eu gosto
que eu quase aposto que não gosta de mim
Eu gosto é de cantar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar


Eu gosto de artista circense
de astista que pense e de artista voraz
Eu gosto de olhar pra frente
de amar pra sempre o que fica pra trás
Eu gosto de quem sempre acredita
a violência é maldita e já foi longe demais
Eu gosto do repique do atabaque
do alambique badulaque do cachimbo da paz
Eu gosto de inventar melodia
da palavra poesia e de palavra com til
Eu gosto é de beijo na boca
de cantora bem rouca e de morar no Brasil
Eu gosto assim do canto do povo
e de tudo que é novo e do que a gente já viu
Eu gosto é de cantar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar


Eu gosto de atores que choram ali por nós
e namoram ali por nós na TV
Eu gosto assim de quem é eterno
de quem é moderno e de quem não quer ser
Eu gosto de varar madrugada
de quem conta piada e não consegue entender
Eu gosto da risada gargalhada
da beleza recriada pra que eu possa rever
Eu gosto de quem quer dar ajuda
e acredita que muda o que não anda legal
Eu gosto de quem grita no morro
que a alegria é socorro e que miséria é fatal
Eu gosto do começo do avesso
do tropeço do bebum que dança no carnaval
Eu gosto é de cantar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar


Eu gosto é de ver coisa rara
a verdade na cara é do que gosto mais
Eu gosto porque assim vale a pena
a nossa vida é pequena e tá guardada em cristais
Eu gosto é que Deus cante em tudo
e que não fique mudo morto em mil catedrais
Eu gosto é de cantar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar
Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar

6 de maio de 2010

Vide a Bula (Manual de Sobrevivência)

 

Elaborei um roteiro muito eficiente e prático que diz como conviver bem e em paz comigo. São dicas valiosas para quem está longe ou perto de mim.
É assustador a quantidade de ‘não’ que existe, mas é fato.
Utilize o manual sem moderação.

lampada

- Não mexa nas minhas coisas sem meu pleno e afirmativo consentimento;
- Não me faça esperar;
- Não fale de mals-tratos de animais comigo;
- Não fale muito, não seja efusivo;
- Não conte a mesma história 3 vezes;
- Não utilize minhas coisas pensando que são suas!
- Não se apaixone, não me iluda;
- Me surpreenda, mas não minta, não engane, não omita!
- Não me acorde com barulhos;
- Não me conte dos seus problemas, quando eu não perguntar;
- Não seja fútil, o tempo todo;
- Faça o que for fazer bem feito, ou não faça!
- Quando eu precisar, me deixe quieta e sozinha;
- Não seja monossilábico;
- Seja carinhoso com suas palavras;
- Não gosto de emprestar as coisas, mas caso isso aconteça, devolva!
- Respeite meus limites;
- Não me subestime;
- Não me venha com conselhos “Bombril”
- Acostume-se com o fato de que a qualquer momento eu vou me vingar;
- Não faça fofocas baratas comigo;
- Cuide bem de mim, a todo instante, até quando eu não precisar;
- Não quebre as regras;
- Me mime;
- Eu guardo mágoas e rancores. E não me diga para não ser assim.
- Não me pergunte coisas das quais você já tem a resposta;
- Não espere que eu seja muito gentil ou muito hostil;
- Não se aborreça com minha sinceridade, ainda mais quando você pedir por ela;
- Não prometa, se não for cumprir;
- Não seja vulgar, nem tão reservado;
- Não grite;
- Não seja irônico;
- Não queira saber do que eu fiz ou do que vou fazer, com  meus erros;
- Não peça para eu passar roupa;
- Não suporto pia de cozinha suja, nem banheiro emporcalhado;
- Bata na porta antes de pensar em qualquer outra coisa;
- Não sacaneie minha família;
- Lembre-se que ser amigo para mim é algo muito importante;
- Você terá poucas chances de pisar na bola comigo, pois então, não pise nunca!
- Não julgue minha bipolaridade;
- Me dê flores, mas não me dê rosas;
- Me convide para sair;
- Me leve a sério.

Reset

É isso mesmo. Resolvi mudar, não sei até que ponto isso será uma melhora, mas a mudança já está feita.
Mudei o visual daqui para o máximo do clean. Os posts contarão não só de tristezas vividas em mentiras, mas todas as mentiras que tenho que viver para permanecer feliz, logo isso será quase que um conto nem tão diário, acredito. 
Não espero trazer um punhado de filosofias, de calmaria e nem de cordialidade. Mudar oara ser igual, melhor se desligar.

"Tudo é mudança; tudo cede o seu lugar e desaparece." (Eurípedes)

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Os 45 “mandamentos” da vida

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3 A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Independentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como você se sinta; levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda assim é um presente

 

Regina Brett

25 de março de 2010



Grand' Hotel

Kid Abelha

Composição: George Israel / Paula Toller / Lui Farias

Se a gente não tivesse feito tanta coisa,
Se não tivesse dito tanta coisa,
Se não tivesse inventado tanto
Podia ter vivido um amor Grand' Hotel.

Se a gente não dissesse tudo tão depressa,
Se não fizesse tudo tão depressa,
Se não tivesse exagerado a dose,
Podia ter vivido um grande amor.

Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "Bom Dia"...

Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só pra se viver?

Se a gente não dissesse tudo tão depressa,
Se não fizesse tudo tão depressa,
Se não tivesse exagerado a dose,
Podia ter vivido um grande amor.

Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "Bom Dia"...

Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Só pra se viver.

Ficar só
Só pra se viver...
Ficar só
Só pra se viver.

24 de março de 2010

Em forma de “paiesia”

NUPB17

Por que pai, lembro de ti a tarde inteira
Em todas as letras do nosso alfabeto
te lembro e me reconheço no que sou.

Só me esqueço de me reecontrar
na tua força, na tua paz
Na paz que trás o seu riso.

Me sinto mais forte sabendo que
sempre poderei e posso me apoiar
nas suas lágrimas que nunca cairam ou
que de tanto partirem não querem mais
chorar a despedida de um abraço,
que nunca tivera.

Pai, meus olhos refletem a imensidão
do seu sofrimento todo oculto.
Dei-me um pouco mais de força
para lutar com toda essa gente.
Dei-me, pai, medo de não viver e
coragem para não morrer.

Daniella Almeida
10/03/10

22 de janeiro de 2010

Pergunte-me o que quiser (se for capaz)