Imagem: Avivi | http://www.avivi.org/
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7 de dezembro de 2011
Levo, Vou.
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24 de novembro de 2011
É o fim
Joguei tudo no chão, minhas roupas, suas lembranças
Todas as coisas que não mais voltarão.
Eu esqueci
Apaguei da memória aquele sorrisso seu enquanto dormia,
a sutileza quando me olhava,
o medo que você sentia.
Está tudo no chão.
Está tudo para fora.
Vou me desprender,
Não vou querer voltar.
Vou ser forte, não posso resignar.
Nada aqui é para mim,
de você só restou o fim.
DBA 24.11.12
30 de outubro de 2011
Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. Mas um cansaço diferente... um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Porque ver é permitido, mas sentir já é perigoso. Sentir aos poucos vai exigindo uma série de coisas outras, até o momento em que não se pode mais prescindir do que foi simples constatação. Hoje eu queria alguém que me dissesse que eu não precisava me preocupar. Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo. A moça – que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Toma um café, que o mundo acabou faz tempo.
Caio F. Abreu
8 de maio de 2011
Amar é Punk
Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star.
Uma coisa meio Dave Grohl.
Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo FODA. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual uma pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é DIFERENTE).
Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.
Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas.
Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e meus futuros livros iriam pra seção B da auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, CARAMBA! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido.
Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrões. Amor é RECONSTRUÇÃO. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.
Demorei anos pra concordar com meu querido (e sempre citado) Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio!
Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.
FERNANDA MELLO
27 de abril de 2011
À esperar
O fato é que meu anseio prevalece e não sei distanciar essa vontade de mim, a vontade de afeto, do desejo intenso, do compartilhamento verdadeiro. A verdade é que não vejo a hora das nossas almas se tocarem e se cuidarem com ternura.
Será que você me reconhece, a qualquer momento, assim como eu te reconheço e te espero para um enlace sem erros e induvidoso? Será que você sabe meu nome e seus pensamentos tremem ao saber que um dia serei sua?
Talvez seja uma predestinação à toa. E sendo ou não, espero um dia te encontrar, meu único e verdadeiro amor.
DBA
4 de abril de 2011
É, você!
Olá, como vai você? Como tem sido sua vida sem mim? Você tem sentido minha falta? Como ainda seu coração? Ainda gosta dela? Esses dias eu olhei para você. você também me olhou. Porque não veio falar comigo? Tenho tanta coisa para te contar. Tanta coisa presa aqui na minha garganta. Sabe, eu te esqueci. É. Te esqueci. Esqueci também do que você me fez sentir. Esqueci da dor e dos sorrisos que você arrancou de mim. Esqueci do amor que eu sentia por você. Esqueci de tudo. Mas, eu ainda lembro de alguma coisa. Alguma coisa que me diz “foi bom”. É estranho, mas é assim. É meu amor, eu também queria te dizer que eu não tenho mas sentido sua falta. Queria dizer que aprendi a viver sem você. Aprendi a suportar. Aprendi que amor não é só pernas tremendo, pensamentos fixos numa pessoa, saudade, desejos, coração acelerado. Aprendi também que amor não pode ser amor se não dor correspondido. Aprendi que um eu te amo não basta. Aprendi que tenho que assumir sentimentos para cultiva-los ou dar fim neles. Aprendi tanta coisa. Agora estou aqui. Estou aqui te escrevendo uma carta que você nunca vai receber, nem ao menos ler. Mas eu preciso disso. preciso escrever para você uma última vez. E dessa vez é certo, pois eu descobri que o que eu sentia não era amor, e se era não importa mais. E depois de tudo isso eu só queria dizer obrigado. Obrigado por tudo. Você me ensinou muitas coisas sem nem perceber. E eu sempre te agradecerei por isso. Agora você é apenas uma memória. Pequena e fraca. Mas é uma memória que eu sei que me ajudou em muita coisa, me ensinou muita coisa, me fez bem e mal, uma memória que existem poucos retalhos dela. E é assim que eu me despeço de você, dizendo obrigada novamente. Com amor, aquela pessoa que achava que te amava.
30 de março de 2011
10 dias
23 de março de 2011
3 de Outono
22 de março de 2011
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."
(Carlos Drummond de Andrade)
Esconderijo - Ana Canã
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
pensamento sem razão
encontro um novo abrigo
como a arte do seu jeito
e tudo faz sentido
calma pra contar nos dedos
beijo pra ficar aqui
teto para desabar
você para construir
2 de Outono
(DBA)