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17 de setembro de 2009

Refrão de Bolero


Não sei como foi que tudo aconteceu, mas aconteceu e não volta. Também não consigo explicar o porque disso no meu coração hoje, mas senti sua falta. Talvez porque você ajudou a construir parte do que sou e como sou.
Eu aprendi a melhores músicas com você e sei ainda quais são as músicas que você mais gostava. Sabia até dos seus segredos e no fundo também conhecia um pouco dos seus medos.
Você nunca me deu conselhos e eu persistia em enxergar apenas alguns dos seus defeitos, quanta arrogância da minha parte, pois com seus piores defeitos aprendi a levar comigo uma qualidade sem tamanho. Admira sua beleza, seu olhar era puro e com isso comecei a me identificar com fotografia. Nem sabia que o que era mundo e você já me idolatrava, me mimava com pelúcias, que virarão uma coleção imensa de carinho e saudade! Eu chorava, odiava, quando jogava minhas coisas fora e foi assim que aprendi a ser um pouco mais organizada.
As vezes que te via, pedia piedade a Deus, porque te vi indo aos poucos. Se acabando lentamente com os problemas que não te pertenciam. Você não soube ser só e sua bondade te levou daqui.
Brigava e ficava brava com você com sua estupidez ao apertar minhas mãos, mas aquilo era sua maior forma de carinho e como não dizer que existe um vazio, já que não mais sinto a sua brutalidade perante minha fraqueza intimidada. Fiquei meses sem trocar uma palavra com você depois que matou o porquinho, nem gosto de lembrar. Em seguida mais meses, pois você cortou toda a árvore de casa. E quando tudo estava já quase normal você ficou sem falar comigo. E me angustia esse fato de te olhar e você não retribuir.
Eu era a maior esperança que tudo ia ficar bem, mesmo que não fosse verdade eu não queria acreditar e até então não tinha ainda percebido como isso mexeu comigo.
Não era para terminar assim....

‘Mas eu falei sem pensar, coração na mão como um refrão de bolero, eu fui sincero... eu fui sincero...’

DBA
170909

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