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9 de setembro de 2006

O medo, a dor



O medo de ter o erro nas mãos é muito grande e a verdade é muito próxima. Meus valores estão caindo por si, se dissipando na inércia das minhas dúvidas, na minha vontade requerida de partir. Sinto cada vez mais que a explosão está próxima, que o surto vai assustar muitos, mas há muito venho dito que o que sinto não é mentira, que o que venho sofrendo é tão real quanto a falta de ar daqueles que morrem asfixiados e nem força têm para pedir ajuda. A súplica é simples por ser a mesma, falsa por não pedir o que deve ser rogado e inútil, pois sem mim essa dor jamais será algo. Minha maior sabedoria está na dor de viver, de estipular cada passo, cada ato, ser limitada no meu limite. Quero não ter limites, poder ser interminável e acabar, talvez, com essa incoerência, discordância de estar e não partir. No meu jardim foram plantadas flores, alguma brotaram outras se quer descobriram a beleza do dia, mas era o meu jardim e eu me dei a liberdade de pisar sobre ele, matar as poucas flores e sair sorrindo com a ilusão de flores mais belas e formosas. Me decepcionei, mas não me arrependi. Tive vontade de regressar, mas quero lutar porque acredito, ainda, que tudo isso há de melhorar e eu hei de aprender e minha vida, nessa circunstância pré estipulada, irá se dissolver. Apenas lembranças para jamais esquecer de quantos silêncios fui feita, quantas perdas eu ganhei e quanta mágoa guardei sem alguém saber. Homenageio um perdão à minha alma.


DBA (26/09/05)

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