Posts mais novos

3 de outubro de 2010

Continuar, começar

Sabe o que é o melhor da vida? É não ter nada de melhor. É viver tudo com a mesma intensidade, é olhar para frente e ver além do amanhã, é pensar que não tem nada quando na verdade se tem o necessário para ser uma pessoa especial para si mesmo.
         Procuro não encontrar coerência para o que digo, muitas vezes não há razão para isso. Pois se nem sei ao certo no que penso como pensar o por quê do pensar? Pouco confuso, mas extraordinário saber que a falta de sentindo nos faz entender melhor a vida, só assim pensaremos de uma forma diferente da cotidiana.
         E quando digo dos meus sentimentos, que até agora considerados na visão como tristes e angustiantes, eu me calo e não escrevo por mim, escrevo por um ser insensato e ingênuo – Eu! E é digo que falo é sobre isso que tento dizer com a liberdade da alma e do meu ser psicofísico.
         Este ser, psicofísico, ou seja, um ser manipulado, é o que sou e o que tento não ser para o mundo. Controlada pela mente humana, assim como todos nós mortais, encarando a vida com seus dias de chuva. Quando vivo a minha realidade idealizada, vivo também por um ser idealizado. Somos o que queremos ser, o que nossa mente quer que sejamos ser no momento e é o que seremos.
         Agora, a minha alma é o que escondo dentro do meu psicofísico, intocável e latente. Difícil explicar de algo tão dissimulado, delicado. A alma que “liberto” é a liberdade que muitos procuram e não sabem. Minha alma me constrói em pequenos detalhes e esta mesma alma me prende e sufoca num mundo só meu, mundo que por vezes está otimista e noutras literalmente pessimista e angustiada. Quando entro nesta sala fria, sento nesta cadeira que me abraça, me sinto em paz comigo mesma. Sim, choro, fico deprimida e esqueço mentalmente de mim. Formo uma bolha, mera bolha que só com o pensar estoura, e apago o outro ser, vivo meu ser. Não penso, não sinto, apenas vou vivendo este momento, essa liberdade, onde posso desabafar com a melhor amiga – minha outra face.
         E não posso de forma alguma esquecer desses momentos, porque sinceramente nesses angustiantes instante de dor e espasmos sou literalmente feliz, pelo significado encadeado da palavra.

DBA

0 Comentários: