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3 de outubro de 2010

Liberdade Perpétua

Para que tantos planos? Lembro-me das vezes em que queria ficar livre das pessoas, de um certo modo, livre dos sonhos e das dependências diárias. Hoje, coberta de liberdade, me sinto sufocada e ando murmurando gritos pelos cantos abertos.

Hoje são apenas papéis jogados pela mesa, canetas sem tinta... Essas mãos que agora escrevem com sofreguidão, já não as mesmas. O que ainda é o mesmo? Tudo muda, tudo passa e mesmo assim a história se repete.  O riso de criança, hoje é um falsete na verdade da vida; os sonhos são ilusões escaldantes de nada; o medo é o trauma do sempre acontecer e a vida é a lástima ambígua de morrer.

A tragédia que trago comigo é o que acontece noutro tempo e agora: crescer, amadurecer, entender cada vez menos o mínimo. Não posso mais viver nessa liberdade que me aprisiona à tantas confusões e medos. Quero ver o mundo, a vida, nú! Sem espelhos, sem devaneios, sem alma e sem caráter.

(D.B.A)

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